<BODY> ~*~* Meu Bebê Dudu *~*~


Dudu




Meu filhinho Eduardo nasceu no dia 17 de setembro de 2005, às 1h 40, em Brasília/DF, pesando 3,915kg e medindo 51 cm, um garotão com certeza! Hoje ele está às vésperas de completar 2 anos. É um menino muito ativo, carinhoso e inteligente. Uma maravilha!


1º Blog – Gravidez
2º Blog – Parto
3º Blog – Vida de Bebê
4º Blog – Até 1 Ano



Mamãe




Meu nome é Catarina e sou autora desde blog que começou em 29/5/2005. Aqui estão registradas as experiências de uma mãe de primeira viagem muito feliz desde a descoberta da gravidez em 9/1/2005. Na época eu tinha 28 anos e 6 anos de casada com o Rubens, pai do Dudu. Deixo aqui nossos momentos de alegria, ansiedade, paz e luta para eternizá-los na memória dos que lerem este blog.



Papai




Este é o pai do Dudu e meu marido com quem sou casada desde maio/1999. Ele é um pai muito carinhoso e presente.



Irmão Guilherme




:: Blog do Guilherme



Na Barriga




A gravidez do Dudu foi o período mais feliz e pleno de toda a minha vida. A felicidade em estar grávida era tanta que todos os desconfortos foram recebidos com alegria. Fiquei grávida por 40 semanas e 3 dias, engordei 17 kg e aprendi bastante sobre gravidez e parto. Tivemos uma doula que nos ajudou muito antes, no dia do parto e depois dele, a querida Clarissa Kahn.



Parto




Senti as primeiras contrações às 10h 30 do dia 16/9 no trabalho, onde fiquei até às 17h. Minha intenção era ficar o maior tempo possível em casa evitando assim intervenções desnecessárias e assegurando a chance de ter um parto normal. Desde que engravidei meu sonho era trazer o Dudu ao mundo da forma mais natural possível. Assim, naquele dia senti a dor mais maravilhosa que existe e num turbilhão de emoções o Dudu nasceu após 6 horas de trabalho de parto ativo. Como foi fantástico sentí-lo sair de mim! Depois desse dia tive certeza que eu era capaz de tudo na vida e me sentia uma vencedora de maratona. Obrigada, Dudu, por ajudar a mamãe nesta hora tão crítica.



Amigos


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:: Keity e Lucas
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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Lilypie 3rd Birthday Ticker



Só Dudu

Alergia. O Dudu melhorou da alergia nas mãos mais com nosso cuidado que com as orientações dos médicos picaretas. Não sei por que ainda insisto em ir a médicos... Fiquei preocupada e resolvi procurar um dermatologista que por sinal não resolveu nada. Procuramos uma alergologista que estava mais interessada em vender vacinas que resolver o problema da alergia nas mãos do Dudu ou a alergia respiratória do Guilherme. Afe! Comento sobre a alergia do Guilherme no blog dele. Resultado: passamos andantol nos dedinhos do Dudu três vezes ao dia protegendo com micopore. O menino ficava de “luvinhas” o dia todo, quando não arrancava os curativos. Dedo por dedo eu colocava o micropore até que sarou. Demorou quase uma semana para os ferimentos cicatrizarem e a alergia ir embora do corpo do Dudu.

Vitaminas. Depois de vários episódios de resfriados, resolvi voltar a dar vitaminas aos meninos. Tanto o Dudu como o Guilherme comem muito bem: arroz, feijão, carne/frango/peixe cru, ervilhas, brócolis, quiabo, batata, repolho, mandioca e outros vegetais. Sempre depois das refeições sirvo dois tipos de frutas sempre variando. O forte dos meninos são as frutas e vegetais refogados. Eles não comem saladas ainda, mas logo começarei esse projeto.

Diante de todo o meu esforço para que sempre tenham refeições saudáveis faça chuva ou faça sol, semana ou fim de semana, shopping ou festinhas, ver os meninos adoecendo toda semana estava me irritando. Digo isso, pois sempre levo a comida de casa para onde vamos ou eles almoçam/jantam antes de sirmos para qualquer programa. A comida que comem na rua nunca é almoço ou jantar, somente lanches complementares. Isso dá um trabalhão... Assim, decidi voltar a dar o protovit(complexo vitmínico) e redoxon(vitamina C) para os dois. Há 3 semanas os meninos não têm resfriados. Beleza! Os dois voltaram a ganhar peso e estão redondinhos novamente. Eles comem porcarias, mas somente após as refeições e frutas. Dou sem peso na consciência salgadinhos, doces, chocolates e refrigerantes, pois acho que merecem uns agrados por comerem direitinho. Depois de tudo, escovo bem os dentes deles e torço para que não tenham cáries ou fiquem obesos, rs... O Dudu está grande e usando roupas tamanho 4 ou 6 (confecções menores). O Guilherme usa algumas tamanho 2 e a maioria tamanho 3 - o menino tem 1 ano e 9 meses ainda.

Independência sem bagunça. Ainda não consegui que o Dudu coma sozinho toda comida, algum lanche já vai, mas a maioria dos alimentos não. O problema é que o menino faz muita bagunça e quando menos espero tem comida boiando na água, ou brinquedo misturado com a comida, ou o garfo vira baqueta no sofá e etc... Felizmente ele parou de esguichar a água da garrafinha no sofá, rs... O Dudu é muito criativo com tudo, rs... O que ele mais gosta é de misturar e testar as coisas, o menino é um cientista nato, investiga tudo que pega. E outra, percebo que ele tem muita facilidade com línguas estrangeiras, pois consegue repetir com perfeição tudo que escuta em inglês no Discovery Kids. Realmente, nós havíamos notado isso há um tempo quando ele aprendeu a dizer “merci beaucoup” num DVD do Phil Collins com 2 anos e pouco. Sou uma babona...rs...ainda mais depois que o Dudu saiu falando com os vizinhos essa palavra e todos ficando abismados com a esperteza do menino.

Hora da comida. Está ficando mais fácil por isso adoro que o Dudu esteja crescendo. Mandei a cadeira de alimentação para minha irmã e desde então os meninos comem no sofá por ser mais fácil da gente dar comida na boca deles. A regra é comer sentado sem se levantar, correr ou pular, algo inimaginável para o Dudu até 2 anos e meio, rs... Fazíamos uma ginástica danada para o menino comer sem se levantar, ou sem passarmos o tempo todo brigando, ou corrermos atrás dele com a colher, rs... Ufa, passou! Bem, os meninos ainda comem assistindo TV no sofá e por mais que os estudiosos falem que isso é ruim, funciona lá em casa pois os meninos comem tudinho distraídos com os DVs. E outra, eu e o Rubens adoramos comer assistindo TV. Estamos fora do ideal, mas funciona.

Dentes limpinhos. Escovar os dentes dos meninos era um sacrifício, mas acho que os vencemos pelo cansaço. Eu e o Rubens levamos suas escovas e pasta até para as festinhas quando ao final escovamos os dentes dos meninos antes de irmos para casa. Família estranha, né? Rss... O Guilherme berrava e se contorcia para não escovar os dentes e eu ouvia o Rubens dizendo: se chorar é melhor, pode chorar que fica mais fácil com a boca aberta. Rs... Essa é uma das dificuldades com minha sogra e a Mãe Maria pois ambas não escovam direito os dentes dos meninos, fora que qualquer choramingo serve para não escovar. Quando estou bem, eu mesma escovo os dentes dos dois e passo fio dental na medida do possível. Tem dado certo. Tenho vigiado mais ainda essa tarefa depois que meu sobrinho de 3 anos apareceu com cárie. Achei isso bárbaro até saber que o sobrinho do Rubens da idade do Guilherme também estava. Imaginem como pirei? Rs... A sogra e a Mãe Maria estão entrando no esquema de escovar com frequencia os dentes dos meninos de tanto que falamos, pois elas não são muito acostumadas vamos dizer assim...

Educadinho. Desde que percebi minha permissividade com o Dudu e a vergonha que seu mal comportamento estava me causando, virei a “sargento megera”. Segundo o Rubens, a tenente Ripley (Alien o oitavo passageiro – episodio 3), rs...

Vcs acreditam que as coisas estão melhorando? O comportamento do Dudu melhorou muito depois das normas de comportamento. Estou ficando orgulhosa do meu "anjinho", rs..., além de receber elogios de outras pessoas.

Baixei umas normas aqui em casa do tipo:
- Não pode gritar de birra.
- Não pode chorar a menos que se machuque ou esteja triste.
- Não pode ofender os mais velhos, mesmo que eles digam que não tem problema (avós).
- Tem que cumprimentar os vizinhos e visitas com bom dia.
- Fazer as obrigações como tomar banho, escovar os dentes e comer sem choramingar, reclamar ou berrar.
- Não quebrar os brinquedos por raiva.

São coisas obvias, né? Mas quem disse que são naturais para o Dudu? Rs...
O menino estava indolente...todo dia era uma gritaria quando o chamava para comer, tomar banho, trocar de roupa e etc... Comecei a dizer que ele não podia gritar ou chorar a menos que se machucasse. No berro e no choro não se conseguia nada, tinha que se conversar, caso não fosse atendido, não poderia fazer birra. No início, tentei os castigos, mas com o Dudu não funcionaram. Aí, comecei a aplicar-lhe palmadas. O Dudu é um menino que ignora o que dizemos para ele não fazer, assim, toda vez que digo algo e ele não pára o mal feito, aviso:
- Se vc não escutar, sua orelha vai escutar.
Só assim o menino pára a aprontação.

Xingamentos. Gratuitamente, quando o Dudu estava com raiva, chamava a bachan (minha sogra) de feia, ou a Mãe Maria de droga ou outro pequeno xingamento para mim e para o pai. Não estou aceitando mais isso. Na hora que ele diz um xingamento, o corrijo dizendo que não pode ofender os mais velhos e exigindo que peça desculpas. Ele pára e pede desculpas. O Dudu ainda ofende, mas diminuiu e assim que acontece, mando que ele peça desculpas. Um menino de 3 anos que não pode ser contrariado sob pena de esbravejar ou ofender um adulto era só o que me faltava! Nada disso.

Drama. E também não aceito drama. Outro dia, saíamos do shopping onde fizemos tudo que os meninos queriam, lanchamos e brincamos nos eletrônicos, mas tivemos que ir embora pois o shopping estava fechando. O Dudu ensaiou uma birra e cortamos na hora. O menino foi emburrado para o carro e começou o drama:
- Estou muito tiste ! Quero a Luciana (a antiga babá). Vou embora pra outra casa.

Quando ouvi isso, pensei em segundo se devia não dar atenção, se perguntava o por que ou se dava uma bronca. Rs... Escolhi a bronca. Eu disse a ele muito brava que nunca mais eu queria ouvir aquilo. Ele só sairia de casa quando adulto e devia pedir desculpas. O menino pediu desculpas, mas insistiu na idéia. O Rubens o ameaçou de deixá-lo sozinho no shopping. Não achei muito bom, mas... O Dudu ainda insistiu na história, mas cortamos a conversa. Antes de chegarmos em casa, espontaneamente, ele nos pediu desculpas. Nunca mais ele falou sobre ir embora, agora, quando é frustrado, diz que quer ligar para Luciana. Ele está com saudades da babá e confesso que eu também...

Quebra-brinquedos. O Dudu saiu com o Rubens e ganhou um carrinho do Relâmpago MacQueen que tocava uma musica infernal. O menino arremessou o carrinho até que o despedaçou completamente. Do meu quarto, só ouvi os “ Não Dudu!” que gritava a Mãe Maria. Quando vi o carrinho todo destruído e a cara do Dudu de quem não dava a mínima para o brinquedo, me preocupei. O dia da criança estava chegando e como fazer o Dudu dar valor aos brinquedos? Apesar do carrinho ter sido barato, comprado num camelô, achei terrível a atitude de desprezo do menino. Assim, o sentenciei a não abrir seu presente no dia das crianças. O dia das crianças seria o dia de teste, se o comportamento do menino fosse bom, abriria o presente na segunda-feira. E assim fiz. Entreguei o brinquedo do Guilherme e lembrei o Dudu do seu castigo. Segurei firme minha vontade de dar-lhe o brinquedo. Depois desse episódio, o Dudu não destruiu mais nenhum brinquedo e tem se comportado relativamente bem. Não sou neurótica do tipo que não deixa os filhos brincarem só para não estragar os brinquedos. Acho que criança precisa interagir com o brinquedo aprendendo com ele e até quebrando se for preciso para investigar sua composição. Contudo, não aceito o desprezo pelas coisas.

Sempre que me sinto bem, arrumo todos os brinquedos dos meninos, organizo em mochilinhas cada tipo, separo carrinhos, bolas, blocos de montar, bonecos, jogos... Procuro peças, separo por coleção e deixo tudo organizado para os meninos brincarem. Dá um trabalho danado, uma tarde toda e metade da manhã... eles têm brinquedos demais. No outro dia está quase tudo misturado novamente, mas deixo que eles brinquem a vontade.

O Dudu desmonta todos os caminhões, troca as rodas e as caçambas uns dos outros e muda as carcaças. Ele cria caminhões diferentes usando as peças que desmonta, as vezes um reboque vira um cegonha, um boiadeiro vira um de corrida e etc... Ouço ele gritando enquanto bate um caminhão no outro: - Rally car crash! Rs...
O Rubens disse ao Dudu que para procurar vídeos no you tube de carro capotando deve-se escrever rally car crash. O menino ama ver esses vídeos e brinca reproduzindo as imagens com seus caminhões. Legal, né? Ele só destrói os carros e caminhões nessas batidas. Até ai vai pois deixo que ele brinque representando, contudo, quando ele quebra os brinquedos com raiva ou para chamar a atenção, acabou a gracinha! Castigo de ficar sem o brinquedo.

Vizinhos. Existe coisa mais vergonhosa que seus vizinhos cumprimentarem seu filho e a criatura emburrar virando o rosto gritando não ? Afe! O Dudu começou com isso e estou achando um horror. Ele me diz que não quer falar com os vizinhos e antes eu achava timidez normal, contudo pensei e resolvi que isso não é aceitável, pois é falta de educação. A pessoa pode ser tímida, mas não mal educada, assim, pego no pé dos meninos para que digam bom dia a todos os vizinhos que nos cumprimentam. Estou uma sargentona, heim? Rs...

Remorso. Andei com remorso do regime militar que aplico nos meninos, contudo pensei muito bem e decidi que prefiro pegar pesado agora e soltar depois que tentar corrigir quando não der tempo. Eu e o Rubens damos tudo para os meninos. Praticamente, todo tempo que temos é deles, nossa atenção é para eles, nosso cuidado e nosso amor. Eles têm todos os brinquedos que pedem e mais alguns. Compro muitas coisas boas para os meninos e nada mais justo que exigir deles um comportamento digno do que recebem. A vida deles é diferente da que tive na infância, pois minha família possuía recursos escassos. Hoje, posso proporcionar aos meninos muita coisa que não tive. Isso me causa um pouco de medo. Medo de que não respeitem os limites quando forem adolescentes, que não lutem para conseguir as coisas, que sejam ingratos e maus cidadãos. Assim, o regime de quartel continua no “Reino da Dinamarca” até o dia que não precisarmos mais dele.

O curioso é que conheço uma mulher desse tipo, que cria os filhos no modelo de respeito e educação desde pequenos, parecendo uma pessoa rígida e controladora, a qual eu confesso que criticava. Mas vejam o resultado: os filhos dela são as crianças mais educadas que conheço. Dá gosto receber em casa crianças como aquelas pois conversam, brincam, riem, mas sem deixar a educação de lado. Lembro-me de vê-la corrigindo os filhos desde muito cedo, controlando cada atitude e parecendo uma carrasca para quem estava de fora. Hoje, as crianças estão mais velhas e não a vejo corrigindo como antes. Eu a criticava há uns anos, mas hoje esta mãe é o meu modelo, rs....

Organizado. Estou conseguindo algum êxito com o Dudu na organização dos brinquedos. Pelo menos ele já ajuda a quardar depois que opego como fantoche e mando arrumar a bagunça. Caracas, o menino tem uma preguiça fenomenal, rs... O Dudu tem a minha genética mesmo, rs...

Estou tão empolgada com o progresso do Dudu em direção ao bom comportamento que não paro de elogiá-lo quando corresponde às expectativas. O menino está virando um gentleman, rs...

Historinhas. Enfim, para minha satisfação o Dudu está prestando atenção e se interessando muito pelas historinhas. O tema preferido no momento são monstros e morcegos. O Dudu continua sendo nosso chefe como quando nos escravizava para desenhar seus trocentos caminhões, agora é para contar histórias. O menino diz um tema e temos que inventar uma história, outro dia ele me fez contar 5 histórias uma atrás da outra, rs... Como não sou boba, sempre ento colocar uma lição de moral para mudar algum comportamento perigoso como enfiar o dedo dentro do ventilador. Inventei uma história tão sinistra, misturando aquele filme Eduard Mãos de Tesoura, que no final tive que dizer que era um sonho, mas ressaltei como era perigoso mexer no ventilador. A lição funcionou por um dia, no dia seguinte estava o Dudu mexendo no ventilador de novo. Resultado: palmada.

Atração e medo. Com 3 anos o Dudu adora super-heróis, morcegos, baratas, cigarras e outras coisas. Ele sente medo e atração por monstros, dragões e trovão. Ainda não chegou a fase dos pesadelos.

Escola. Decidimos colocar somente o Dudu na escola e já está matriculado na Montessori. A mensalidade aumentou e a lista de materiais é infinita! Afe! Escolherei o que vou mandar pois não concordo que a escola não forneça fita adesiva para as colagens das professoras. É o fim pedir fita adesiva numa lista de material, fora quase 1 kg de cola... Em que uma criança usaria isso? Tem coisas na lista que eu nem sabia que existia... mandarei somente o que eu achar que devo... eu heim!

As fotos do aniver do Dudu recebi em pdf e não consigo postá-las. Amanhã pediremos em jpeg e ai coloco para vcs verem.

Ajudantes... uma história a parte...depois comento...

Beijos a todas e escrevi no blog do Guilherme sobre a sessão quimioterápica de hoje (http://meubebeguilherme2.blogspot.com).



Às 19:53

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Lilypie 3rd Birthday Ticker



História Cabeluda


Peruca charmosa que ganhei da Cris:


Coragem para mostrar a carecona:
Meus meninos fazendo farra:

Olá amigas!

Desculpem-me o sumiço, mas fiquei de molho me recuperando sem inspiração para escrever.
Contarei como foi ficar Carequinha da Silva e outras coisas.

Completados 15 dias exatos da primeira quimioterapia, meu cabelo se soltou do couro cabeludo e para mantê-lo por aqui foi uma ginástica incrível.
Por mais que todo mundo me mandasse raspar as cabeça, me neguei a fazer uma eutanásia nos meu queridos cabelos. Preferi esperar que se fossem aos poucos, mas como eu disse, não deu, pois se soltaram de uma vez e passei uma semana com rastro de cabelo por onde eu passava. Caso eu permanecesse mais que alguns minutos num ambiente, eu podia observar os tufos de cabelo rolando como aquela vegetação nos filmes de faroeste.

Toda manhã eu acordava com quilos de fios no travesseiro, nos lençóis, na camisola e no Rubens. O Rubens, cheio de graça, disse que depois que meu cabelo começara a cair, ele ficara curado de roncar. Por que? Segundo o paiaço, se ele roncasse, engoliria montes de cabelo, engasgaria e precisaria vomitar igual a um gato. Ri muito imaginando a cena do Rubens botando uma bola de cabelos pra fora, rs.... Para trocar a fralda do Guilherme, eu gastava minutos a mais só retirando os cabelos que caíam no menino.

A hora de lavar a cabeça era crítica... eu tocava o mínimo possível nos cabelos, tentando postergar ao máximo o inevitável. Mesmo assim, o ralo do banheiro criava vida e uma criatura cabeluda se contorcia no box...rs... O Rubens disse a uns amigos que antes de tomar banho precisava pegar a vassoura e matar o bicho cabeludo do banheiro. Rs... Vcs não têm noção das palhaçadas...rs...

Resisti bravamente por uma semana...meu cabelo estava esquisito, parecendo cabelo de defunto...rs... É claro, ele estava sem raiz há uma semana! O cabelo solto da raiz incomodava muito quando eu me deitava, pois eu sentia que ele pinicava minha cabeça. Ao voltar da fisioterapia, depois de deixar tufos de cabelos por lá, um vento muito forte passou por mim e tive medo que levasse meu cabelo embora, rs... Quase corri para casa de tanto medo de ficar careca no meio da rua, rs...

Neste dia, mesmo sem estar convencida que era o melhor a fazer, entrei no chuveiro, coloquei xampu, depois condicionador e esfreguei minha cabeça com vontade. Fui tirando mecha por mexa da minha cabeça e colocando num canto do chão do banheiro. Quanto mais eu tirava, mais saia e o monte de cabelos foi crescendo. Até ai, nenhuma emoção mais forte, meu pensamento era somente: vou tirar tudo que estiver solto e vamos ver aonde isso vai. Depois de 20 minutos retirando os cabelos, bateu a curiosidade... como será que eu estou?
Saí do box e me olhei no espelho... eu não consegui ver a Catarina por uns dias., mas vi o Golum do Senhor dos Anéis...rs...

Afe! Essa hora foi difícil... fiquei chocada com a cena...tive medo de encarar o espelho novamente...peguei o pente e voltei ao chuveiro decidida a retirar o resto de cabelo que sobrara. Enquanto o pente desbastava o cabelo, olhei para as mechas no chão e me despedi. Pensei numas coisas estranhas: será que deveria fazer um velório e enterrá-lo? Será que eu deria me acabar de chorar como a Carolina Dieckman naquela novela? Rs... Acho que penso besteiras demais, rs...

Não tive vontade de chorar olhando meu cabelo no chão, mas quando me olhei no espelho. A falta do cabelo me deixou nua, me mostrou a falta do seio, a falta da saúde e o medo da morte. Afinal, chorou ou não chorou? Nenhuma lágrima, anestesiei meus sentimentos e segui em frente. Eu precisava passar. Liguei para o Rubens e pedi que ele trouxesse uma máquina de raspar o cabelo. E assim fiquei Carequinha da Silva depois que o Rubens raspou minha cabeça. Ele me disse que tinha sobrado a pior parte para ele: raspar o cabelo da própria mulher e contou isso aos colegas de trabalho no dia seguinte fazendo o maior drama, rs...

Passados alguns dias, consegui me olhar no espelho, observar com cuidado minha careca e não detestá-la tanto. Ainda não a assumi e nem sei se terei coragem para andar na rua sem peruca. Ganhei duas perucas e as trato como filhas, minhas peruquinhas ganham até beijos...rs... Sem cabelo, sinto frio na cabeça mesmo num dia muito quente. Assim, ou fico de peruca ou amarro uma fralda.
Minha aparência em casa não está da melhores: passo o dia com uma fralda amarrada na cabeça como uma mucama, rs... Está faltando só um vendedor de porta me perguntar se posso chamar a patroa, rs...

Os meninos estão se acostumando com meu novo visual. O Dudu tenta arrancar minha peruca e fica morrendo de rir. O Guilherme puxa a fralda amarrada, mas fica com medo pedindo que eu coloque a peruca. Tento sempre fazer brincadeira com essa história da careca para não chocar os meninos que agora têm uma mãe pouca telha.

Minha cabeça é tão branca que chega a brilhar, sou praticamente o Moe dos Três Patetas. Fora que estou comendo e engordando como uma vaca...virei realmente o Moe numa versão feminina, rs... Sem problema, depois do tratamento resolverei tudo pensei até numa recalchutada. São 10 dias comendo e os outros 11 dias comendo mais ainda, rs... Quando me sinto bem, me dano a cozinhar: torta de palmito, quibe de forno, torta de maçã, cookie e assim por diante... a dianteira e a traseira crescendo, rs...

Daqui a menos de uma semana farei a terceira sessão de quimioterapia, só de pensar me dá arrepios...a lembrança de 10 dias passando mal é dureza...Fazer o quê? Pelo menos o consolo é que quanto mais quimioterapia eu fizer menos terei que fazer, rs...

Abandonei as aulas de meditação e não comecei nenhuma terapia com psicólogo. Por mais que se espere de uma pessoa que teve câncer que ela sofra uma metamorfose, acho difícil isso acontecer comigo e eu virar uma beata ou adquirir um psicólogo. Esse negócio de espiritualismo, religiosidade, misticismo, realmente não é para mim. Juro que tentei. Não pretendo converter ninguém, mas também não quero me converter a nada. Não quero contar minha vida a psicólogos que não conheço, mesmo por que não sinto necessidade disso. Respeito a profissão e sei de sua importância, mas não quero ser obrigada a fazer uma terapia por um compromisso social de ter tido câncer. Nem falar que tenho câncer eu posso, pois já me corrigem mudando o verbo para o passado. As pessoas são mais perturbadas que eu imaginava...rs...

Tenho muito para escrever dos meninos e farei isso no próximo post.
Beijos a todas.



Às 12:14

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sábado, 4 de outubro de 2008

Lilypie 3rd Birthday Ticker



Sem internet

Olá amigas! Fiquei sem internet por vários dias e por isso não dei notícias.

Tratamento

Estou ótima e nem parece que há menos de uma semana eu sofria os efeitos colaterais da quimioterapia. Engraçada essa história de parâmetros... depois de dias me sentindo mal, dor em tudo quanto é parte do corpo, fraqueza e apatia, ter de volta saúde é como recuperar a própria vida. Como dizem, a gente só entende de fato o valor da saúde quando ela nos falta. E como me fez falta...

Resumindo a quimioterapia, posso dizer que é uma ressaca sem o benefício da bebedice. No meu pior dia eu prometi que nunca mais faria quimio, que fugiria se preciso, mas aquela coisa ruim eu não passaria de novo. Imaginar as oito sessões seguintes foi desesperador e pensei por que eu tinha que passar por isso, blá, blá, blá. Sabem aqueles pensamentos ruins na hora do desespero do corpo com dor? Nem eu me reconheci tamanha a revolta, tive raiva de ter câncer... Não consegui fazer a respiração que aprendi na meditação, pois respirar fundo doía. Pensei: dane-se essa meditação, nada estava bom, nada de dormir, só agonia e nada de amanhecer. A ressaca foi do quinto dia até o oitavo da primeira sessão de quimioterapia. Senti tonturas, muita fadiga e cólicas que depois viraram dor de cabeça, alergia na pele e dor nas juntas/ossos. Tomei cinco injeções de granulokine no sétimo dia visto que meus leucócitos chegaram a 1.600, enquanto o normal é 12.000. O efeito colateral das injeções foi a dor nos ossos da bacia, assim, dá-lhe Tylenol. Junto com as injeções, a médica passou um antibiótico sinistro (Cipro) que segundo a bula serve até para Antrax, aquela arma biológica que aparece nos filmes, rs... Pensem num antibiótico caro? R$ 150,00 para sete dias!

O Rubens precisa entrar de sócio na farmácia local de tanta droga que tenho que tomar. Tomo um remédio que serve para tal, mas dana alguma parte do corpo. Aí, tomo outro remédio para a parte afetada pelo primeiro remédio. Contudo, o segundo remédio degringola outro órgão e assim caminha a humanidade...rs... Tive que esvaziar uma gaveta da penteadeira, antes ocupada por perfumes e bijus, para dar lugar às caixas de medicamentos.

Cai Não Cai. Minha mãe está me animando bastante com a brincadeira Cai Não Cai. Todo dia me telefona e pergunta: E aí? O cabelo já começou a cair? Por pouco a pergunta não é: Afinal, seu cabelo cai ou não cai? Bem que o meu cirurgião perguntou se minha mãe era a meu favor ou contra mim, rs.... O melhor é que ela veio aqui em casa me convencer que todas as suas atitudes perturbadas se justificam pelo fato dela ser minha mãe. Posso? Rs...

Falando em cair, o cabelo está despencando e já pensei em algumas doideras para conservá-los , rs... Parar de passar as mãos nos cabelos, coçar a cabeça de jeito nenhum, nunca mais penteá-los e deixar de lavá-los. Meu colega fez “dreds” e ficou dois meses sem lavar os cabelos. Por que eu não poderia fazer o mesmo? Rs... Passar uma super bond daria certo... Até para colocar o cabelo atrás das orelhas o faz cair.
Por enquanto, estou fingindo que meus cabelos caem por algo hormonal como após o parto. Estou tentando me enganar por mais algum tempo por não ter criado coragem suficiente para raspar a cabeça. Ah!

Presente. Estou muito feliz por ter recebido um presente dos meus colegas de trabalho. Foi tocante o gesto de generosidade dos que considero meus irmãos. Trabalho com aquela gente há dez anos, os conheço tanto que sei só de olhar para a cara, se algum deles está com problemas. A convivência me fez querer bem a todos e adorei saber que o sentimento é recíproco. Com a doença, vi a preocupação, o pesar e o cuidado que meus colegas têm comigo. Eu me senti importante com o carinho e segundo o Rubens, poderia até me eleger deputada, rs... Por enquanto, estou pensando no que fazer com o presente...

Afazeres. Os meninos ficaram sob os cuidados da sogra, da Mãe-Maria e do Rubens nos dias em que eu não agüentava “uma gata pelo rabo”. Como foi bom eu voltar a me sentir bem, conseguir banhar os dois ao mesmo tempo, escolher e trocar suas roupas, dar-lhes comida, escovar seus dentes, brincar de “bicho cabeludo” e de pula-pula na cama deles, arrumar suas gavetas e brinquedos e pegá-los no colo. Isso mesmo, dar colo aos meninos usando o braço esquerdo. Como apreciei ter saúde de novo, ter energia para viver. Até fiz faxina nuns armários, coisa que eu precisava fazer desde a mudança. Maravilha mesmo! Agora, minha vida está planejada de acordo com os dias da quimioterapia. Continuarei a faxina até quinta-feira, quando farei mais uma sessão.

Meditação. Continuo no curso de meditação e a cada aula, percebo que aquilo não é a minha praia por mais que eu tente. Juro que estou tentando, mas devo ser deficiente espiritual ou muito boa da cabeça para acreditar naquelas coisas tão estranhas, rs... Nossa última aula começou com a frase: podemos mudar o mundo? Pensei, caramba, eu realmente não tenho a mínima vontade ou vocação para mudar o mundo. Sei lá, sou mais da filosofia do “viva e deixe viver” que “vc precisa mudar sua vida por isso ou aquilo”. Meu problema é que penso demais... por isso aconselho, se alguém quer ser espiritualizado, pare de pensar demais, rs... Pelo menos essas aulas estão me ajudando a respirar e acalmar a mente. Fora que conheci um pouquinho do espiritismo e de religiões orientais, principalmente indiana, a base da meditação pranica. Que seja, como diz meu irmão: cada um no seu quadrado, rs...

Dudu versão 3 anos. O menino está meio rebelde e para tudo ele franze a testa, faz bico e diz: Não quero! Antes conseguíamos levá-lo na conversa, mas ultimamente o menino não aceita ser contrariado e quer tudo agora. Em geral ele reclama, mas também grita e choraminga para fazer as atividades mais básicas como comer, tomar banho ou escovar os dentes. Tudo que dizemos para ele fazer, o menino se recusa de graça. Quando é contrariado logo responde gritando com raiva:
- Estou muito blavo com vc mamãe!
- Não quero mais vc, mamãe!
- Doga! (droga)

O menino só faz as coisas se carregado ou ameaçado de castigo e por mais que a gente converse ele não sede. Tem dias que é muito desgastante, pois o menino chora, grita com a avó, berra, arremessa os brinquedos, passa o dia inteiro num mal humor irritante. Quando a teimosia é com brincadeira e alegria eu tolero, mas quando entra em cena o “menino nervosinho reizinho da casa”, aí não agüento. Lá pela hora do jantar a paciência morreu sobrando inclusive palmadas. Afe! É muito desgastante! Será que isso é normal? Dos dois anos até antes dos três tudo estava tão legal... li no livro Criando Meninos que esse comportamento nervoso é típico dos três anos.

Passando vergonha. Sabem aquelas cenas que a gente vê com o filho dos outros dando birra em pleno aeroporto ou supermercado e dizemos para nós mesmos que um filho nosso não faria tal coisa? Pois é. Quanto pior nosso julgamento, maior nosso castigo. Rs... Minha prima foi me visitar com seu filho da idade do Guilherme numa tarde para levar o presente de aniversário do Dudu. O Guilherme estava dormindo e o Dudu brincando com minha sogra. Era um dia de mal humor de cão no menino. Minha prima deu o presente e até ai tudo bem, o Dudu agradeceu e adorou. Nem lembro porque o menino começou a berrar com minha sogra por causa de algum brinquedo. Depois começou a gritar com o filho da minha prima por ciúme de um brinquedo. Com alguma conversa e enrolação parecia que o Dudu havia esquecido. Continuei conversando com minha prima quando o “reizinho da casa” bradou:
- Mulheles! Palem de falar! Parem de falar!
Isso num tom ofensivo e impróprio para uma criatura de três anos. Um moleque desse tamanho mandando a mãe e sua visita calarem a boca. Na hora não me toquei desse fato, falei para ele brincar lá fora e foi a minha sogra carregando o menino que esperneava e berrava. Que vergonha! Depois que minha prima se foi, ficou a vergonha. Aí tive raiva. Conversei sério com o Dudu, falei o que ele não poderia fazer mais e o que era para ele fazer. O menino fez um cara de emburrado e logo briguei para que ele desfizesse a cara ruim. Eu ainda estava nervosa quando ouço a pérola da minha sogra:
- Ele fez isso para chamar a atenção.
- Não interessa, ele foi muito mal educado e me fez passar vergonha. Não vou tolerar esse comportamento de novo.

Para todo comportamento ruim do Dudu minha sogra arruma uma desculpa. Ela chegou ao cúmulo de dizer ao Dudu que ia orar para o Rubens não dar-lhe palmadas. Perguntem se agora o Dudu sempre que leva umas palmadas não faz um drama chamando a batchan para orar?
Outro dia o Dudu aprontou e o coloquei de castigo. Ele ficou reclamando, choramingando e gritando no castigo quando eu o perguntei porque ele estava ali. Ele disse que não tinha feito nada. Nesse dia eu me enfezei e avisei que ele ficaria de castigo o tempo suficiente para reconhecer seu erro. Deu certo e com duas vezes o menino parou com essa de não fiz nada.

- Dudu, o que acontece quando vc desobedece ou faz algo errado? Perguntei ao menino.
- O peixe me engole e eu vou para a barriga dele. Falou o Dudu.
- O quê? Que história é essa?
- Foi a batchan que disse.
- Essa é outra história que não tem nada a ver com o que vc fez.
- Batchan! Não tem nada a ver com o que vc me disse! Gritou o menino com a avó.
- Dudu, quando vc desobedece, vc fica de castigo e pronto.

Minha sogra contou ao Dudu como Deus foi impiedoso com a desobediência de Jonas mandando que um peixe o engolisse. Pensando bem, foi até engraçada essa história do Dudu achar que seria engolido pelo peixe, pena que não surtiu efeito para conter o menino. Acho que uma punição real como um castigo dado pelos pais é melhor compreendida que um peixe que engole uma pessoa inteira. Rs... Parece que o Dudu é cético como os pais, rs...

É difícil educar uma criança com os avós por perto... Minha sogra deu uma melhorada depois que o Rubens discutiu feio com ela depois de um evento em que ele foi aplicar umas palmadas no Dudu e ela se colocou na frente. Nesse dia, a coisa ficou feia, pois o Rubens não teve papos na língua, soltou o verbo em cima da mãe. Se o Dudu bate no Guilherme, minha sogra diz que é por ciúmes como se isso o justificasse. Se o Dudu arremessa os brinquedos chorando e berrando é por que está com sono. Se o Dudu choraminga e grita é porque está com sono. Para cada mal criação, a criatura apresenta uma desculpa sem deixar o menino assumir a culpa de seus atos. Um dia de manhã, o Dudu acordou de mal humor reclamando e a Mãe-Maria disse a ele que não poderia agir assim, aí o menino incorporou a minha sogra e falou sua desculpa:
- Estou cansado!
Ao ouvir isso me deu raiva da sogra, pois nem era 9h, o menino acordara a pouco, como estava cansado? Mas deixei pra lá.
Depois de um dia inteiro ouvindo a perturbação do Dudu e as desculpas da sogra para tal dá um nervoso.... Mas não reclamarei pois não sei o que seria de mim sem ela.

Tudo que o Rubens faz em relação a disciplina dos meninos eu apóio, pois ele cuida o tempo todo das crianças da hora que acordam até a hora de dormir, passa a madrugada vendo se estão com calor ou frio, uma tosse basta para que ele se levante e vá acudir os meninos, faz mamadeira para um, leva o outro ao banheiro e assim vai a noite toda. Se ele fosse daqueles pais que só pegam o filé dos filhos e ainda assim quisesse castigá-los, eu seria a primeira a não deixar. Mas como ele é um pai cuidadoso e presente, confio que ele conheça os meninos o suficiente para saber se precisam de palmadas ou não.

Novo ritual do sono. Após jantar, os meninos dão seu gás final antes de dormir pulando como loucos nas camas. Pulam, pulam, pulam, o Dudu não para de rir e nem de pular. O Guilherme pula alto e senta de uma vez morrendo de rir. Eles sobem na cabeceira da cama e nas grades do berço. Parecem macacos-pipocas em cima das camas. O exercício é tão intenso saem pingando de suor para o chuveiro num banho conjunto de muita risada e bagunça. Depois de arrumados, remédios e água tomados, o Rubens pega uma lanterna e um livro para dormirem. Escuto a empolgação do meu quarto, de luz apagada, o Rubens conta a história dos três porquinhos usando a lanterna. Depois de algum tempo, os anjinhos dormem e a casa mergulha no silêncio. Fim de uma noite que deu certo.
Na maioria das vezes o Rubens acelera o processo de dormir levando os meninos para passear de carro. Um péssimo hábito, mas que funciona, portanto...

Alergia. O Dudu teve uma reação alérgica forte a uma massinha de modelar da marca PLAY-DOH vendida na FNAC. Compramos no sábado à noite e no domingo de tarde percebi que o menino estava todo empolado: braços, pernas, barriga, costas e pescoço com umas bolinhas pequenas. Não sabíamos se era alergia ou virose pereba de crianca e demos mesmo assim um anti-alérgico. Na segunda-feira, os dedos estavam com bolinhas e a palmada da mão descascando como se bolhas tivessem estourado. Os dedinho do Dudu estão feridos com rachaduras e tive que fazer curativos com gaze e esparadrapo. O menino sente muita dor quando lava as mãos ou pega em algum alimento ácido ou salgado. O dermatologista falou que era alergia e mandou dar Hixizine e passar desonol. Contudo, nas rachaduras estou passando um óleo cicatrizante chamado Dersane. Os dedinhos do Dudu estão abrindo um por um e toda a hora ele arranca os curativos ou suja as mãos. Sei lá, mas não estou vendo uma melhora significativa ainda. Vamos ver.

Beijos a todas e obrigada pelo carinho.



Às 17:39

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